Thais Makino

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Quando você começou a escalar?
Comecei a escalar com 10 anos de idade no ginásio 90 Graus em São Paulo, junto com meus pais e minha irmã Ana Luisa, que na época tinha 14 anos. No começo eu brincava mais do que escalava, e naturalmente fui me interessando mais pela escalada até começar a treinar com 13 anos.

O que influenciou você a competir?
Logo que comecei a escalar, minha irmã mais velha se interessou por competições, e como minha família levava ela para competir, comecei a participar também. Minha primeira competição foi no Sesc Ipiranga em 1998, eu tinha 10 anos e lembro de estar ansiosa para escalar e com um pouco de medo, mas estava interessada e querendo saber como era. A competição era de vias guiadas e eu nunca tinha guiado antes, acabou que aprendi a guiar no isolamento da competição. 

Pensando hoje em dia é até absurdo, mas na época foi bastante divertido e uma maneira corajosa de começar a competir e que me fez gostar muito desses eventos, eram outros tempos.
O que motiva você a competir e não apenas escalar na rocha?
Como o ginásio era o nosso “segundo quintal de casa”, como falávamos na época, e eu passei a participar de competições para acompanhar minha irmã e minha família, foi natural passar a focar mais nisso do que na escalada em rocha, até porque a logística para escalar na rocha em São Paulo é um pouco mais complicada e exige passar fins de semana inteiros fora, como para escalar em São Bento do Sapucaí, por exemplo. 
Mas também íamos bastante pra rocha desde o início, e quando não tenho nenhum campeonato próximo no calendário também tento me dedicar à escalada em rocha que é o tipo de escalada e vivência que realmente me faz relaxar e esquecer dos problemas e do caos de São Paulo.

Qual seu maior desafio como atleta?

Meu maior desafio é poder treinar e me manter. Tenho trabalhos paralelos relacionado à minha formação em Artes Visuais, e não só não posso deixar os trabalhos de lado apenas para treinar e competir, como alguns destes trabalhos também não gostaria de deixar de fazer porque me completam e não me vejo dissociada deles, como meus trabalhos com desenho, nanquim e aquarela.

O que você espera alcançar como atleta de escalada?

Espero ajudar a elevar o nível das competições nacionais e trazer o máximo de informação e conhecimento possível do circuito internacional para o Brasil, incentivando atletas juvenis e quem sabe mostrando que a diferença dos atletas europeus e asiáticos para os sulamericanos não é tão grande assim.
Mas gostaria principalmente de mostrar aos novos atletas que muito mais difícil que escalar num bom nível é ser uma boa pessoa, íntegra e inteligente, que compete de maneira saudável e amigável. Foram exemplos assim que eu tive, com atletas como a Janine e Paloma Cardoso, que me incentivaram desde o início a continuar nas competições, e gostaria de alcançar este parâmetro que elas foram para mim, para que as próximas gerações tenham os valores certos e se respeitem dentro e fora das competições.
Hobbies
Meus desenhos não são meu hobby, mas não adianta porque todo mundo acha que artes plásticas é hobby e não trabalho rs…
Eu também gosto muito de ver filmes, séries de tv, ler livros, aprender novos esportes, mas meu hobby principal é julgar os outros pelos filmes e séries que assistem. rs